Mulher, que texto! Olha, vou lá dar meus dois centavos: que bom que você tem outra ocupação além da escrita. Eu também tenho, e não vejo mal nisso (já vi antes). Isso permite que a gente não coloque pressão no nosso eu criativo, que a gente deixe a escrita no lugar que ela merece. Annie Earneaux (menciono ela pq tenho lido alguns livros, mas tenho certeza que há várias como ela) foi professora de literatura em liceus franceses e depois trabalhou como docente na universidade de Cergy-Pontoise. Durante décadas, trabalhou no ensino, e só muito depois “viveu de escrita”. Inclusive ela trabalhou como docente até se aposentar. Longe de mim nos comparar a ela, mas um lembrete de que até grandes escritores tinham trabalhos para pagar suas contas.
Agora, o que me cansa é também a divulgação, mas é um problema da época em que vivemos, infelizmente. No passado também era difícil ganhar reconhecimento, por outras razões, mas era. Penso muito que a gente precisa focar em falar com as pessoas certas e construir relacionamentos. E fora isso, divulgar sem vergonha mesmo. Eu, por exemplo, sempre que recebo um comentário sobre meu livro, tiro print e compartilho, porque aí não sou nem eu falando hahaha acho útil. Continuo concordando que é um saco, mas hoje vejo mais como ossos do ofício mesmo.
Porém não deixo de desejar que um influencer descubra meu livro, ou algo assim 😅 sonhar não custa nada.
Enfim, queria dizer que te entendo, e estamos juntas!! Um beijo e sucesso!!
Oi Laís! Olha, vou te confessar uma coisa. Passei um ano inteiro querendo viver só da escrita. Ou melhor, largar tudo e escrever. Só escrever. Meu trabalho não me atraía mais, eu estava bem desanimada. Mas comecei a reparar nos demais escritores. A própria Carla Madeira tem uma agência de propaganda. E até quem vive da literatura, paga os boletos com outros serviços: leitura crítica, revisões, mentorias, etc. Comecei a me perguntar se era isso mesmo que eu queria e a resposta foi um sonoro “não”. A partir daí, meu trabalho ganhou cor novamente e eu comecei a - finalmente - enxergar o que você acabou de dizer, que o nosso ganha pão nos permite tirar a pressão do nosso eu criativo. Fiquei mais leve com isso, sabia? Mas a parte de divulgação me cansa muito. Já não aguento mais divulgar o livro. Vou começar a postar os comentários também, você me deu uma boa ideia.
Me identifiquei muito, Andrea! Passei pelas mesmas "fases" :)
E eu entendo! Tenho divulgado meu novo livro (ainda sendo escrito) todos os dias, e às vezes me acho chata hahaha mas tenho tentado fazer da forma mais orgânica e diferente possível, e tá sendo legal.
Espero que aos poucos o processo fique mais leve por aí, porque infelizmente a gente precisa continuar gritando nosso trabalho aos quatro ventos se quiser ser lida (e eu quero muito!).
Escreveu tudo e mais um pouco. Tenho preguiça e uma verdadeira irritação com esse lance de redes sociais. E, na minha humilde opinião, todos têm, mas não têm coragem de assumir. Me dá agonia, ansiedade e faniquito ter que ficar pensando em post, em divulgar, em falar , em estar ali o tempo todo. E pior, com a sensação de que nunca é o suficiente e com a certeza de que estou deixando de fazer algo relevante.
Em tempo, muitas pessoas precisam e merecem ler seu livro.
Dea, a rede social nos roubou. Vira e mexe penso isso tb que vc falou da Clarice, como fulano divulgaria o trabalho dele agora? Terrivel pensar que ficamos reféns disso.
Eu adoraria escrever apenas, mas a vida pede mais, pede o trabalho convencional.
Mas o que eu quero te falar é que não importanta quantos livros forem vendidos, mas quantas pessoas você tocou de verdade com a sua escrita. Acho que isso vale mais hoje em dia. E deixar a escrita como estratégias de alegrias - tema do meu texto de hoje.
Sobre o trabalho, dá uma lida no comentário da Laís. Ela tem total razão quando diz que, quando a literatura não paga nossos boletos, isso deixa a criação sem pressão.
Obrigada, Andréia, por ter escrito exatamente o que tô passando. Exatamente igual. Tô deixando de lado a escrita pra me preocupar com redes. Quero não.
Nadja, vamos formar um grupo de apoio? Hahahaha. Pois é, as redes não podem ser maiores que a nossa escrita, têm que ser coadjuvantes. Mas é difícil, não é?
Vamos. Penso que a saída é encontrar um meio termo. Tentar fazer no tempo da gente e o mais próximo do que a gente quer. Sem isso, pelo menos para mim, fica muito chato. E artificial.
E, acho que tá todo mundo meio cansado das redes, eu tô num misto de amo mas odeio! E imagino o quão cansativo deve ser, mas ao mesmo tempo prazeroso, falar do livro 💜
Nossa, vc leu meus pensamentos! Eu não tenho livro pra vender mas tenho meu Programa de Desbloqueio Criativo que lancei hoje. Assunto da terapia de hoje foi exatamente esse. No fundo eu não sei se tenho preguiça do Instagram ou se estou apenas procrastinando as vendas do meu programa. Eu não quero ser mais uma pessoa insistindo pra vender algo por la, sabe? Eu ja ate escrevi uma edição falando isso. Enfim. Quando encontrar a solução me avisa? 😅
Boa sorte nas vendas do livro! E bora fazer essa peça aí, já amei a ideia! Tudo a ver ♥️👏🏻
Parece que a gente não confia no nosso taco, né Gabi? Um misto de orgulho com “será que tá bom mesmo?”. No fundo a gente sabe que está, mas vender eu acho que realmente nos toca naquilo que o
Luri falou, de a gente não querer incomodar. Vem da nossa criação, eu acho. E pra tirar as amarras? Que processo difícil. Boa sorte com o programa. Eu tenho certeza de que vai ser incrível. Estou me coçando pra participar (vi que não vai ser agora em setembro, mas em outubro e novembro, né?). Vamos nos falando.
Andrea, te entendo demais! Fiquei muito cansada da divulgação do meu livro também, tive até que sair do Instagram por um tempo porque me deu uma estafa, não aguentava mais postar nada. Dei uma pausa, parei de falar do livro depois de 6 meses de divulgação intensa e agora estou voltando aos poucos. É claro que isso rouba nossa vontade de criar e de escrever, por isso é importante saber a hora de parar por um tempo, sabe? Muito obrigada pela menção ao meu texto. Quero te dizer que ainda não li seu livro, mas já está no meu Kindle e está na fila dos próximos. Tive muitas amigas que lançaram livros neste ano, quero ler, ajudar a divulgar e prestigiar todas, inclusive você. Um beijo enorme.
Cansei. Um em seguida do outro. Fora do rotina. Fora de casa. Viajando. Já vinha vindo de uma pré-venda de meses. Tenho dois filhos pequenos. Sou sócia de uma empresa que consome quase todo o meu tempo. E que, inclusive, durante esses dois meses tive mais dois eventos de trabalho os quais sou inteiramente responsável. Não tenho direito de cansar? Se você for mais resiliente, aceito ajuda com MUITO bom grado.
Também estou nessa vibe do cansaço digital. Por mim, sairia hoje mesmo das redes sociais, mas tenho que começar a divulgar meu trabalho como fotógrafa e nada melhor que o Instagram pra me ajudar a alavancar as vendas.
Mas é um saco mesmo, ter que ficar o tempo todo vendo as pessoas mostrando fórmulas e ditando regras de como ganhar mais, como ter mais, como ser mais etc.
Estou com você na sua indignação kkkk
Boa sorte na venda dos seus livros, que você consiga vender de uma forma mais orgânica 💙
Mulher, que texto! Olha, vou lá dar meus dois centavos: que bom que você tem outra ocupação além da escrita. Eu também tenho, e não vejo mal nisso (já vi antes). Isso permite que a gente não coloque pressão no nosso eu criativo, que a gente deixe a escrita no lugar que ela merece. Annie Earneaux (menciono ela pq tenho lido alguns livros, mas tenho certeza que há várias como ela) foi professora de literatura em liceus franceses e depois trabalhou como docente na universidade de Cergy-Pontoise. Durante décadas, trabalhou no ensino, e só muito depois “viveu de escrita”. Inclusive ela trabalhou como docente até se aposentar. Longe de mim nos comparar a ela, mas um lembrete de que até grandes escritores tinham trabalhos para pagar suas contas.
Agora, o que me cansa é também a divulgação, mas é um problema da época em que vivemos, infelizmente. No passado também era difícil ganhar reconhecimento, por outras razões, mas era. Penso muito que a gente precisa focar em falar com as pessoas certas e construir relacionamentos. E fora isso, divulgar sem vergonha mesmo. Eu, por exemplo, sempre que recebo um comentário sobre meu livro, tiro print e compartilho, porque aí não sou nem eu falando hahaha acho útil. Continuo concordando que é um saco, mas hoje vejo mais como ossos do ofício mesmo.
Porém não deixo de desejar que um influencer descubra meu livro, ou algo assim 😅 sonhar não custa nada.
Enfim, queria dizer que te entendo, e estamos juntas!! Um beijo e sucesso!!
Oi Laís! Olha, vou te confessar uma coisa. Passei um ano inteiro querendo viver só da escrita. Ou melhor, largar tudo e escrever. Só escrever. Meu trabalho não me atraía mais, eu estava bem desanimada. Mas comecei a reparar nos demais escritores. A própria Carla Madeira tem uma agência de propaganda. E até quem vive da literatura, paga os boletos com outros serviços: leitura crítica, revisões, mentorias, etc. Comecei a me perguntar se era isso mesmo que eu queria e a resposta foi um sonoro “não”. A partir daí, meu trabalho ganhou cor novamente e eu comecei a - finalmente - enxergar o que você acabou de dizer, que o nosso ganha pão nos permite tirar a pressão do nosso eu criativo. Fiquei mais leve com isso, sabia? Mas a parte de divulgação me cansa muito. Já não aguento mais divulgar o livro. Vou começar a postar os comentários também, você me deu uma boa ideia.
Um beijo!
Me identifiquei muito, Andrea! Passei pelas mesmas "fases" :)
E eu entendo! Tenho divulgado meu novo livro (ainda sendo escrito) todos os dias, e às vezes me acho chata hahaha mas tenho tentado fazer da forma mais orgânica e diferente possível, e tá sendo legal.
Espero que aos poucos o processo fique mais leve por aí, porque infelizmente a gente precisa continuar gritando nosso trabalho aos quatro ventos se quiser ser lida (e eu quero muito!).
Beijo!
beeesha, agora que já desabafou, seque essas lágrimas, levante, faz uma make e VÁ DIVULGAR SEU LIVRO kakakakkakakakakakakakakakaka 🫶🏼
Sim senhora! Já coloquei meu cropped. Agora vou reagir.
Escreveu tudo e mais um pouco. Tenho preguiça e uma verdadeira irritação com esse lance de redes sociais. E, na minha humilde opinião, todos têm, mas não têm coragem de assumir. Me dá agonia, ansiedade e faniquito ter que ficar pensando em post, em divulgar, em falar , em estar ali o tempo todo. E pior, com a sensação de que nunca é o suficiente e com a certeza de que estou deixando de fazer algo relevante.
Em tempo, muitas pessoas precisam e merecem ler seu livro.
Exato!!! A sensação é de que nunca é suficiente. Obrigada, Dani.
Dea, a rede social nos roubou. Vira e mexe penso isso tb que vc falou da Clarice, como fulano divulgaria o trabalho dele agora? Terrivel pensar que ficamos reféns disso.
Eu adoraria escrever apenas, mas a vida pede mais, pede o trabalho convencional.
Mas o que eu quero te falar é que não importanta quantos livros forem vendidos, mas quantas pessoas você tocou de verdade com a sua escrita. Acho que isso vale mais hoje em dia. E deixar a escrita como estratégias de alegrias - tema do meu texto de hoje.
Super beijo
Ah, que linda. Tem toda razão.
Sobre o trabalho, dá uma lida no comentário da Laís. Ela tem total razão quando diz que, quando a literatura não paga nossos boletos, isso deixa a criação sem pressão.
Vou lá ver seu texto. 😘
Talvez o ponto não seja o livro em si, mas o conjunto de obras literárias de um autor. Isso permite entender quem escreve e a evolução das suas obras.
Pode ser também.
Obrigada, Andréia, por ter escrito exatamente o que tô passando. Exatamente igual. Tô deixando de lado a escrita pra me preocupar com redes. Quero não.
Nadja, vamos formar um grupo de apoio? Hahahaha. Pois é, as redes não podem ser maiores que a nossa escrita, têm que ser coadjuvantes. Mas é difícil, não é?
Vamos. Penso que a saída é encontrar um meio termo. Tentar fazer no tempo da gente e o mais próximo do que a gente quer. Sem isso, pelo menos para mim, fica muito chato. E artificial.
Primeiro, eu amei o texto super sincero!
E, acho que tá todo mundo meio cansado das redes, eu tô num misto de amo mas odeio! E imagino o quão cansativo deve ser, mas ao mesmo tempo prazeroso, falar do livro 💜
Exato. Prazeroso se alguém me perguntar. Cansativo ter que falar esperando que alguém escute.
Nossa, vc leu meus pensamentos! Eu não tenho livro pra vender mas tenho meu Programa de Desbloqueio Criativo que lancei hoje. Assunto da terapia de hoje foi exatamente esse. No fundo eu não sei se tenho preguiça do Instagram ou se estou apenas procrastinando as vendas do meu programa. Eu não quero ser mais uma pessoa insistindo pra vender algo por la, sabe? Eu ja ate escrevi uma edição falando isso. Enfim. Quando encontrar a solução me avisa? 😅
Boa sorte nas vendas do livro! E bora fazer essa peça aí, já amei a ideia! Tudo a ver ♥️👏🏻
Parece que a gente não confia no nosso taco, né Gabi? Um misto de orgulho com “será que tá bom mesmo?”. No fundo a gente sabe que está, mas vender eu acho que realmente nos toca naquilo que o
Luri falou, de a gente não querer incomodar. Vem da nossa criação, eu acho. E pra tirar as amarras? Que processo difícil. Boa sorte com o programa. Eu tenho certeza de que vai ser incrível. Estou me coçando pra participar (vi que não vai ser agora em setembro, mas em outubro e novembro, né?). Vamos nos falando.
Andrea, te entendo demais! Fiquei muito cansada da divulgação do meu livro também, tive até que sair do Instagram por um tempo porque me deu uma estafa, não aguentava mais postar nada. Dei uma pausa, parei de falar do livro depois de 6 meses de divulgação intensa e agora estou voltando aos poucos. É claro que isso rouba nossa vontade de criar e de escrever, por isso é importante saber a hora de parar por um tempo, sabe? Muito obrigada pela menção ao meu texto. Quero te dizer que ainda não li seu livro, mas já está no meu Kindle e está na fila dos próximos. Tive muitas amigas que lançaram livros neste ano, quero ler, ajudar a divulgar e prestigiar todas, inclusive você. Um beijo enorme.
Em dois meses quatro eventos - e cansou?
Cansei. Um em seguida do outro. Fora do rotina. Fora de casa. Viajando. Já vinha vindo de uma pré-venda de meses. Tenho dois filhos pequenos. Sou sócia de uma empresa que consome quase todo o meu tempo. E que, inclusive, durante esses dois meses tive mais dois eventos de trabalho os quais sou inteiramente responsável. Não tenho direito de cansar? Se você for mais resiliente, aceito ajuda com MUITO bom grado.
Nossa, Andrea! Que texto! 😮💨
Também estou nessa vibe do cansaço digital. Por mim, sairia hoje mesmo das redes sociais, mas tenho que começar a divulgar meu trabalho como fotógrafa e nada melhor que o Instagram pra me ajudar a alavancar as vendas.
Mas é um saco mesmo, ter que ficar o tempo todo vendo as pessoas mostrando fórmulas e ditando regras de como ganhar mais, como ter mais, como ser mais etc.
Estou com você na sua indignação kkkk
Boa sorte na venda dos seus livros, que você consiga vender de uma forma mais orgânica 💙