Que eu amo festa junina você já sabe, mas não contei ainda do sábado passado.
Uma das atrações musicais da festa do clube que frequentamos era Lucas Lucco. Oi? Desculpe-me se você é fã, mas eu nunca tinha ouvido o nome desse rapaz. Mesmo assim, o contexto “festa junina” já era pretexto para ir, mesmo sem saber o que canta, onde vive, do que se alimenta a atração principal.
Eis que o tal cantor sobe ao palco. Diante dele, diversos adolescentes cantavam uma música atrás da outra. “Ele é famosinho", já havia me dito minha irmã. Eu não conhecia nenhuma canção. Nenhum arroxa.
Mas preciso admitir que Lucas Lucco ganhou meu coração. Não por ser bonito (não enxergo de longe, então não tenho opinião formada sobre isso. Nem por cantar bem. Ele até é afinado, mas as músicas não me conquistaram. Mas pelo seu carisma, sua humildade e pela conexão que ele conseguiu criar com o público.
A cada música ou duas, ele parava, falava com a platéia, contava alguma história sobre a composição, agradecia imensamente ao público presente e à diretoria do clube. Aliás, perdi as contas de quantos “obrigado” ele falou.
Foi o suficiente. Nenhum dos meus amigos o conhecia e todos saíram de lá falando o quanto o cara é gente boa.
Foi essa a impressão que ele passou. Foi essa a imagem que ficou. Inclusive, acho que aqui neste nosso espaço, podemos dizer que foi um branding bem feito.
Lucas Lucco usou storytelling super bem. Contou sua história. Falou de suas composições e de sua trajetória e, como sabemos, pessoas adoram histórias. São elas que criam conexões. As pessoas param para ouvir histórias desde quando vivíamos em tribos e nos uníamos ao redor de uma fogueira para contar das nossas caçadas. Quer dizer, nós não, nossos antepassados. Ah, você entendeu.
Lucas Lucco interagiu com o público e não é isso que as marcas buscam em suas ativações? Seja em eventos, nas redes sociais, nos e-mails marketing, até mesmo em anúncios, a gente quer que o cliente interaja conosco. E nós queremos ter a chance de interagir com ele. É assim que se humaniza a marca. É assim que se aproxima do cliente. Pessoas são sociais. Se a tentativa de interação for genuína, elas vão responder.
Lucas Lucco agradeceu mil vezes a as pessoas que estavam lá para ouvi-lo e diretoria do clube que o convidou. Como marca, temos que incorporar essa humildade. Temos que saber que só vamos sobreviver se o cliente nos der uma chance. Se o cliente se esquecer de nós, viramos pó. Precisamos dele assim como dependemos dos meios que utilizamos para chegar até eles. Por isso que até hoje nao entendo os egos dos publicitários. Quem são eles na fila do pão? Sem a marca e sem o meio, eles não fazem nada. Dentre tantos egos de uma sociedade que é super centrada em si mesma, o menor ego tem que ser o nosso.
Agora te pergunto: quem é maior, Lucas Lucco ou Taylor Swift?
Hoje aprendi dizer adeus
Hoje me vou sem deixar links ou outro tema. Estou fazendo um curso no Vale do Silício, pensando na vida, nas decisões acertadas e erradas que tomei na vida.
Ainda bem que temos sempre tempo de olhar pra frente, melhorar, recomeçar, recomeçar e recomeçar. Quantas vezes forem necessárias.
Até a próxima.
- Andrea