#4 - Egoturismo e SuperBowl
O que um tem a ver com o outro? Ambos estão no Andrea Me Conta! Rs
Tirei férias em janeiro e fui para Barra Grande do Piauí.
O lugar é incrível! Rústico e pouco explorado pelo turismo, suas ruas são de terra batida e suas praias têm longas extensões de areia sem um único guarda-sol. A água do mar é cristalina e o vento constante permite horas de praia sem aquela sensação de calor grudento, sabe?
Nos poucos quiosques do local, uma coisa muito bizarra me chamou a atenção: o lixo perto das espreguiçadeiras, guarda-sóis ou pufes.
Desculpem o meu francês, mas ‘taqueopariu, viu? O ser humano é capaz de ir até o paraíso pra largar tampinha de garrafa e bituca de cigarro na areia. Voltei indignada e, coincidentemente, poucos dias depois, vi esse post do @carvalhando, com um termo que tem absolutamente tudo a ver com o que eu vi em Barra Grande: EGOTURISMO.
Foi exatamente isso o que eu presenciei em Barra Grande. As pessoas não ligam para onde estão, não se conectam com a natureza ao seu redor, só querem ostentar nas redes sociais. Quando você se conecta com alguém você cuida, não cuida? É a mesma coisa com os locais que você frequenta. Eu cuido da minha casa, da minha escola, da minha cidade. Não jogo lixo no chão, separo os recicláveis, faço o que posso.
Aí chegam os ególatras e fazem o que eu achava impossível em pleno 2022: largam lixo no paraíso.
Estou falando de Barra Grande por ser um lugar menos visitado e, mesmo assim, o lixo ter me chamado a atenção. Nem vou entrar no mérito do Rio de Janeiro. Se vazia praia do Piauí tem lixo, na populosa Ipanema a gente sente vontade de chorar.
É por isso que, ao ver inúmeras iniciativas de empresas em lançar produtos eco-conscientes, me pego pensando se é por puro marketing, se é por eco-vergonha (por terem explorado tanto o nosso planeta) ou se é por propósito mesmo.
Mesmo que seja por propósito, sempre me pergunto se o consumidor realmente se importa com as iniciativas conscientes das marcas. Minha suspeita é que NÃO. As pessoas estão preocupadas somente com o próprio umbigo e com a própria imagem de vida perfeita que criam nas redes sociais. Desculpem-me o desabafo.
Mesmo assim, existem ações eco-conscientes bem bacanas por aí. Inclusive, a Forbes listou as 101 empresas comprometidas com a redução da pegada de carbono.
Dentre elas, o que mais me chamou a atenção foi que, na categoria “cidades”, está Curitiba, que recebeu o destaque por reciclar 70% do seu lixo e por oferecer a incentivos aos moradores para reciclar e reutilizar seus bens.
Deu um quentinho no coração.
Se é pra ostentar, prefiro ostentar aqui:
Essas Limousines foram desenhadas por Jay Ohrberg, que foi quem construiu o Delorean, aquele carro do De Volta pro Futuro e também o Batmóvel do filme Batman Returns, dos anos 90. ❤️
🏈 Só se fala em SuperBowl no mundo da propaganda!
O maior evento esportivo dos EUA será realizado neste domingo e a expectativa em torno dos comerciais no intervalo do evento é tão grande quanto o jogo em si. Pudera, o valor de um anúncio de 30 segundos chega a nada modestos US$7 milhões!
🏈 Será que esse investimento realmente vale a pena?
A AdWeek fez um infográfico que mostra que o sentimento das pessoas com relação aos comerciais do SuperBowl tem caído ano após ano. Os dados analisados pela plataforma Influential, de Inteligência Artificial apoiada pelo IBM Watson, levaram em conta as conversas on-line durante as últimas cinco edições do evento.
🏈 Veja o que foi detectado:
As reações positivas caíram de 28% da conversa social geral em torno do Big Game em 2017 para 15% em 2021. Os comerciais também estão perdendo popularidade nas conversas: de 29% em 2020, para 10% no ano passado.
🏈 Alguns motivos pra isso:
A TV tradicional perdeu muito espaço nos últimos anos, especialmente para os canais de streaming
A TV não é a única tela que o público utiliza para acompanhar o SuperBowl. É como a gente, que assiste o BBB junto com o Twitter (fica bem mais divertido).
Por isso, não adianta apenas comprar seu espaço de sete milhões de dólares e investir numa produção bem feita e lacradora pra chamar a atenção da audiência. Hoje em dia as marcas têm que ser praticamente onipresentes. As campanhas devem incluir outros pontos de contato com o público como: trabalhar um teaser para o filme que vai ao ar durante o SuperBowl, fazer uma live com comentários ou bastidores, criar engajamento nas redes sociais, etc, etc, etc.
Por outro lado, as empresas que não têm um orçamento tão parrudo para estar na TV conseguem marcar presença comendo pelas beiradas. Ou seja, na interação online durante o jogo em momentos estratégicos (evitando o show do intervalo e os comerciais em si).
Anúncios patrocinados estão aí pra isso, bem como as equipes de social media bem preparadas para postar ou enviar enviar aos fãs vídeos, gifs e memes relacionados ao jogo. Sorteios e ações com gamificação também são uma boa maneira de chamar a atenção dos clientes online.
É claro que, pra isso, a equipe de marketing deve estar unida, atenta e ter autonomia criativa para que o conteúdo possa ser criado e aprovado em minutos, para não perder o timing. TIMING É TUDO nesse mundo de redes sociais.
Para acompanhar os comerciais do SuperBowl 2022, sugiro o Super Bowl LVI Ad Tracker, da AdWeek. É só CLICAR AQUI.
Eu particularmente amo os show do intervalo. Este ano vamos ter cinco atrações do rap e hip e hop e só de ver o trailer que a Pepsi, patrocinadora do show, preparou. Já estou ansiosa. Vem ver também:
Em tempo: eu AMO a maneira como os americanos transformam tudo em entretenimento e capitalizam em cima, óbvio. Mas é tudo tão legal…
Da news anterior
Falamos sobre uma nova onda de cervejas feitas com uvas viníferas e a Noelle Foletto, do perfil @nononaestrada me escreveu o seguinte:
“A cerveja da cervejaria Leopoldina ganhou um prêmio internacional de melhor cerveja, feita com uma uva vinífera. Por acaso, a cervejaria é do Eduardo, um dos herdeiros do grupo Valduga!”
Veja a matéria AQUI.
Muito legal, não é? Esse é o Brasil que eu quero! rs
A news de hoje está um pouco diferente da anterior, com um pouco mais de texto e um pouco menos links. Na verdade, não quero ficar presa a um padrão. Dependendo do assunto, utilizo um formato, o que você acha?
Mais uma vez, obrigada por acompanhar!
Nos vemos na próxima semana!
- Andrea
(PS: para falar comigo, apenas responda esse e-mail ou escreva para andrea@ideaonline.com.br)
Obrigada por ler até o final e não se esqueça de compartilhar :)
👩🏻💻 curadoria e textos por Andrea Nunes, empreendedora, marketeira, curiosa e aspirante a escritora.
Se você recebeu essa news de alguém, gostou do conteúdo, ainda não assina e quer entrar no papo, inscreva-se!