Essa é a semana do meu aniversário! Fiz 42 anos na segunda-feira, dia 12. Por isso e também porque tem algumas pessoas novas por aqui, resolvi me apresentar.
Sou Andrea Cristina, mas pode me chamar de Andrea. Na verdade, esqueça o Cristina. Nunca achei que um nome combinasse com o outro, mesmo…
“Quando você se casar, você tira o Cristina", dizia a minha mãe.
Engraçado, quando me casei, não quis alterar absolutamente nada do meu nome. Não tirei, nem acrescentei. Sentia que, se fizesse isso, mudaria toda minha identidade. Afinal, eu já era a Andrea Cristina Parreira Nunes há 32 anos. Saberia eu ser Andrea sem ser Cristina? Ou pior, mudar radicalmente e ser Correia? Quem seria essa tal de Andrea Correia? Será que acrescentar o sobrenome do marido não me limitaria?
Nunca quis ser a esposa de alguém, embora quisesse me casar. Mas também não queria ser mãe e hoje tenho dois filhos que são os amores da minha vida. Aliás, essas crianças me fazem me orgulhar de ser mãe a ponto de ter vontade de largar tudo só para vê-los crescer. Justo eu, que adoro trabalhar e de ter meus momentos de paz e silêncio.
Acho que, depois de oito anos experimentando diversos caminhos do que chamam de conciliação entre carreira e maternidade, estou finalmente encontrando o meu. Finalmente consigo dizer não a algumas tarefas para assistir a aula de balé da minha filha. Aprendi também a dizer não ao chameguinho e às historinhas antes de dormir às segundas-feiras, para ir à minha aula de sapateado.
A culpa vem sim, diversas vezes, mais vezes que deveria vir, mas com menor frequência que antes. Acho que aprendi a bater a porta em sua cara (depois de pedir desculpas - peço muitas) ao invés de convidá-la para um café.
Essa sou eu. Uma garota do interior que foi pra capital estudar publicidade. Sonhava em dançar na Broadway, mas trabalha no agronegócio com a família e anda se descobrindo escritora de crônicas e newsletters semanais. Se reinventou na pandemia, mas um burnout veio de brinde. Pudera, aqui quem fala é uma virginiana pura, mas com uma lua em câncer, que equilibra a frieza com a emoção extrema.
Acho que, mesmo com uma apresentação deste tamanho, o que mais me define é que aprendo, recalculo a rota e mudo de caminhos, mas meu destino é sempre o mesmo: a Andrea Cristina. Mas pode me chamar de Andrea.
Minhas abas desta semana
Bebetinha, rainha da Inglaterra faleceu (ah, vá!). Desde então, comecei a ler tudo sobre ela, sobre a monarquia e suas tradições. Revi o filme “A Rainha”, com Helen Mirren, que ganhou Oscar por seu papel como Elisabeth II e separei alguns conteúdos legais sobre o tema para a news dessa semana. Sim, estou monotemática. Shall we?
👑 A revista Elle fez um artigo sobre 22 looks que marcaram a trajetória da rainha. O meu predileto é o vestido azul de tule, mas adoro que ela não tem medo de ser bem colorida.
👑 A London Fashion Week vai acontecer, mesmo com a morte da rainha, entre 15 e 19 de setembro, mas o Conselho de Moda Britânico sugeriu que as festas pós desfile sejam canceladas. Mesmo com o evento acontecendo normalmente, algumas marcas resolveram cancelar o próprio desfile. Só marcas grandes (lideradas pela Burberry, que faz todo sentido), o que pressiona as menores a fazer o mesmo. Mas e aí? O que fazem os pequenos estilistas, que investem pesado (para seus orçamentos enxutos) e dependem da exposição deste tipo de evento?
👑 Você sabia que a rainha participou de um curta com James Bond para marcar sua presença nas Olimpíadas de 2012? Veja este e outros momentos que a rainha fez parte da cultura pop aqui.
👑 Falando em cultura pop, o post mais legal de tributo a rainha foi do @superwrongmagazine. Uma montagem da monarca em diversas cenas conhecidas e parte do cultura popular. Clique abaixo pra ver todas as fotos:
👑 E, claro, tem os memes. Eis aqui o meu predileto:
Mas só tinha a rainha nas suas abas?
Praticamente. Mas também abri abas sobre essas coisas aqui:
♍ A atriz Blake Lively é fundadora da empresa de misturadores para drinks (não achei uma tradução mais decente para “drink mixers”) Betty Buzz. Assim como eu, ela é virginiana, por isso gostei tanto do vídeo publicitário 'Betty Buzz Does Virgos', que usa características virginianas para mostrar aos consumidores um resumo do processo meticuloso por trás do produto. Adoro ela ajeitando o produto na mão do ator ao final do comercial. “She's such a virgo”.
♍ Aliás, eu adoro astrologia e tenho gostado de ver cada vez mais seus elementos na propaganda. Este artigo da Adweek fala justamente sobre isso e sobre como a astrologia tem ajudado as marcas a se conectar com a Geração Z.
♍ Como boa virginiana, odeio tarefas incompletas, mas descobri que deixar algo por fazer é algo que deixa a maior parte das pessoas incomodadas, independente do signo. Esse incômodo e essa necessidade de finalizar algo inacabado é chamado de ZEIGARNIK EFFECT e pode ser usado por diversos negócios, e-commerces, redes sociais, etc. Veja que legal este estudo de caso animado sobre tal efeito
Por fim…
É difícil, pra mim, escrever sobre mim mesma. É difícil conseguir me apresentar e achar o tom da apresentação, sabe? Falo do trabalho, da vida pessoal, da formação, ou o que? Em que caixa vou me encaixar? Que papel, dentre tantos que desempenho (desempenhamos, não é mesmo?), interessam a quem me lê aqui?
Mas resolvi deixar as palavras fluirem. Elas fluíram soltas e um pouco de mim ficou no texto. Obrigada por me abrir este espaço.
Até a próxima semana!
- Andrea Cristina (mas pode me chamar de Andrea)
Prazer, Natasha Cristina! 😉
Adorei sua apresentação! 🌹