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O melhor amigo do meu filho vai se mudar de país.
Este é o primeiro melhor amigo que ele teve, que ele confiou, que contou coisas suas, inventou brincadeiras, personagens, falou do futuro, criou uma linguagem própria de se comunicar e piadas internas que só eles entendem.
Vê-los juntos nestes últimos dias antes da partida me despedaça o coração. Uma bobagem nos dias de hoje, em que as distâncias são encurtadas pela tecnologia, eu sei, mas não consigo evitar que os olhos marejem.
Com as lágrimas vieram também alguns pensamentos para me consolar, uma defesa da mente, acredito. Pensei nos antigos, que embarcavam em um navio para outro continente e deixavam famílias e amigos sem notícias por meses. Pensei na família libanesa do meu avô, que viveu um tempo aqui no Brasil e depois partiu de volta a sua terra natal. No início deviam trocar cartas com meus avós, mas o tempo, a velhice e o alto custo do correio aéreo na época cortaram a comunicação com a família brasileira.
Perguntei uma vez ao meu pai se ele gostaria de ir ao Líbano para conhecer um pouco mais sobre suas origens e ele me respondeu que não tem mais ninguém por lá. Ou melhor, tem, mas ele não faz ideia de quem sejam e como encontrá-los.
Os laços se desfizeram. Era uma época que enviar uma simples carta para outro hemisfério era caro e demorado. As notícias tardavam tanto a chegar que, ao pousarem em mãos estrangeiras, já estavam ultrapassadas.
Rafael e Fred não terão esse problema. Eles se falarão por FaceTime, jogarão seus jogos prediletos online, podem se ligar a qualquer momento sem custo nenhum, usando apenas a internet ou os dados celulares. Poderão compartilhar suas rotinas, suas conquistas e perdas e suas risadas cúmplices.
Essas modernidades, como diria minha avó, são incríveis de verdade, mas para garotos de 8 anos, a distância física e a falta da convivência diária vai pesar. As saudades são físicas também. A gente sente no coração, nas mãos vazias, no olhar através da barreira de uma tela. Quão importante é o olho no olho ao contar segredos e confessar sentimentos… E quão essencial é a presença física para que dois amigos se tornem um… Como me dói pensar que, em alguns meses, não vou conseguir identificar traços do Fred no Rafa e, da mesma forma, os pais do Fred não enxergarão a Rafa em atitudes e trejeitos de seu filho.
Mas me consolo (de novo a mente tentando acalmar o coração) ao pensar que as novas gerações vão tirar isso de letra, muito mais do que a minha. São crianças que vão crescer acostumadas a criar a nutrir relacionamentos através da tecnologia. E quem é que vai invalidar a importância desses relacionamentos? Nós, que nascemos no século passado?
O melhor amigo do meu filho vai se mudar de país, assim como eu me mudei de cidade e deixei de conviver diariamente com minhas melhores amigas de infância e adolescência. Quando nos encontramos, sinto que estivemos juntas todos os outros dias, pois a confiança construída entre nós é tão forte e tão verdadeira, que a distância só evidenciou sua inabalabilidade.
Espero que seja assim com Rafa e Fred, embora ambos tenham apenas 8 anos e ainda tenham muitos amigos a conhecer por essa vida. Porém, Rafa e Fred são duas crianças que se amam e que, mesmo sem saber direito o que é amar, estão aprendendo que a amizade é um amor que nunca morre.
Os 6 pilares que turbinam a amizade
Coincidentemente, o Tiago, do Tira do Papel enviou, em sua newsletter semanal, um post sobre os 6 pilares que turbinam a amizade que, pra continuar a falar sobre o tema, compartilho aqui com você.
A opinião dos outros importa?
Em 17 de fevereiro de 2020, em uma era pré pandêmica, publiquei um meme na minha conta do Instagram (que ainda era andreanunes.lab), que tem a ver com o tema dessa parte da news de hoje:
Já reparou que hoje em dia, com a quantidade de produtos e serviços ofertados nos diferentes marketplaces, a gente começou, mais do que nunca, a prestar atenção nas avaliações?
Como humanos, estamos programados para fazer coisas ou gostar de coisas que outras pessoas fazem ou gostam. Alguns chamam de efeito manada, mas eu acredito que seja só um desejo que todos nós temos de nos encaixar.
Isso se chama Prova Social.
De acordo com Robert Cialdini em seu livro As armas da persuasão: Como influenciar e não se deixar influenciar, a prova social é uma das principais maneiras de persuadir as pessoas.
A profissional de Growth Marketing, Ari Sandwick, por sua vez, acredita que que melhor forma de prova social vem do, em suas palavras, “frio, duro, auto-aprovação, nunca filtrada, nunca solicitada assustadoramente, nunca editada… REVIEWS!"
Acho isso saudável para o mercado e para o consumidor. Para o mercado porque força uma boa entrega, o que gera melhores avaliações e destaca o lojista com mais estrelas do concorrente com menos estrelas e, para o consumidor, dá segurança na hora da compra.
Agora me conta: Como é que seu negócio trabalha a avaliação dos seus fornecedores? E a entrega dos seus serviços, é medida também?
Por fim, um meme
Fredão, Luana e Bento, vocês vão fazer falta por aqui.
Essa foi uma news com mais sentimentos e menos marketing. Reflete um pouco meu estado de espírito nas últimas semanas. Obrigada por estar comigo nestes momentos também. 😊
Até a próxima!
- Andrea
Adorei o grand finale
bj
Que lindas suas palavras! Tudo vai ficar bem! bjos